quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Quem são os políticos mais espertos no Twitter?



Quem é o mais inteligente senador norte-americano nos meios de comunicação social? De acordo com o estudo "Digital IQ", o vencedor é o ex-candidato a presidência John McCain, que também é senador em Arizona. Em segundo lugar está o republicano Jim DeMint, da Carolina do Sul. Na seqüência está o também republicano Scott Brown. Os Republicanos tiveram 5,5 pontos a mais, em média, em comparação com seus rivais democratas, de acordo com o estudo conduzido pelos professores Scott Galloway e Doug Guthrie.
Com o presidente Obama na Casa Branca e a maioria democrata no Congresso, os republicanos terão uma difícil batalha digital na tentativa de reconquistar seu espaço. Entre os 27 senadores concorrendo à reeleição, os republicanos tem uma vantagem de três pontos sobre a audiência dos democratas.
A vantagem do Partido Republicano, de acordo com o estudo, "é o resultado de uma participação mais forte no Twitter e no YouTube", onde os republicanos tiveram a média de pontuação de 26% e 29%, respectivamente. Os democratas, no entanto, conseguiram uma vantagem de 5% no Facebook.
Foram analisadas diversos elementos de mídia digital, como o "curtir" do Facebook, o número de seguidores no Twitter, upload no YouTube e o tráfego para seus próprios sites.
Analisando mais especificamente no Facebook, por exemplo, os senadores republicanos cresceram a quantidade de "curtir" 6,7% ao mês, contra 3,6% para os democratas. No Twitter, os republicanos aumentaram seu seguidores a taxa de 4,5% contra 2,8% dos democratas.

Via M&M

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A hora da eleição para as emissoras


Bem antes de chegar às urnas, os eleitores estarão, diariamente, inseridos na movimentação e no clima das campanhas eleitorais dos candidatos que disputam vagas federais e estaduais no pleito de 2010. Considerado como o principal evento do calendário do segundo trimestre, as eleições demandaram um grande investimento por parte as emissoras de TV aberta nacionais, que voltarão toda a sua cobertura jornalística para o evento.
Além do espaço destinado ao assunto no horário eleitoral gratuito – que começa na terça-feira, 17 de agosto – os veículos televisivos também emprestarão vários outros trechos de sua programação para a apresentação das propostas dos candidatos, a cobertura do cotidiano dos partidos e todas as informações relativas à eleição, que já é considerada como a maior e mais interativa da história da democracia brasileira.
Primeira a colocar os principais candidatos à presidência da República frente a frente, a Bandeirantes ganhou o direito da realização do primeiro debate entre os presidenciáveis, que aconteceu no dia 5. Na semana passada - dia 12 – a emissora realizou um novo debate. Desta vez os convidados foram os candidatos ao cargo de governador do Estado de São Paulo. Apesar desses eventos recentes, o universo eleitoral faz parte da grade da Band desde o dia 14 de junho, quando foi lançado o programa Band eleições. Exibido sempre nas noites de quarta-feira, a atração, comandada por Fabio Pannunzio, aborda o cenário eleitoral do País, com a participação de representantes de partidos e especialistas em política.
Mas não é somente na TV que a emissora dará espaço às eleições. No início de agosto, a Band fechou um acordo com o Google para disponibilizar trechos de suas reportagens e matérias no canal de vídeo YouTube. Além disso, a emissora também é parceira no aplicativo “Siga o Candidato”, disponibilizado no Google Maps. Por ele, os internautas poderão acompanhar a movimentação dos candidatos em todo o País, e ler as recentes notícias e informações de cada um, que são captadas do portal e-band.
A Record também condicionará todo o seu noticiário para as eleições. Além da cobertura diária, a emissora fará um debate entre os candidatos à presidência, no dia 26 de setembro, e outro com os concorrentes ao governo do Estado, em 20 de setembro. A Record News também dedicará boa parte de sua grade para a cobertura factual e para análises a respeito da corrida eleitoral.
Na internet, a emissora já colocou os candidatos em contato com o público por meio das sabatinas, realizadas ao vivo pelo portal R7. Para o vice-presidente de Jornalismo da Record, Douglas Tavolaro, as eleições e 2010 marcam um momento de ascensão do jornalismo da emissora. “É um momento distinto em que nós não pensamos só em audiência. Nossos anunciantes também sabem que a eleição é o grande momento da democracia”, acredita.
As sabatinas com os candidatos também estão nos planos de SBT, que pretende levar os concorrentes ao cargo presidencial para a bancada do Jornal do SBT, apresentado por Carlos Nascimento e Karyn Bravo. A primeira rodada de entrevistas devem acontecer entre os dias 31 de agosto e 3 de setembro. Além disso, toda a programação jornalística da emissora também terá reportagens e noticias relativas à corrida eleitoral.

Do avião às urnas
Em uma tentativa de se diferenciar na cobertura, a Globo irá aos ares para levar informações pertinentes ao pleito nacional. A partir de 23 agosto, o Jornal Nacional dará inicio ao projeto JN no Ar, em que o repórter Ernesto Paglia, a bordo de um avião Falcon 2000, irá percorrer um município de cada Estado brasileiro para ouvir as principais reivindicações da população e registrar o que eles esperam dos futuros governantes. O projeto conta com o patrocínio do Bradesco.
Na semana passada a emissora fez uma rodada de entrevistas com os três principais candidatos à presidência do Brasil no Jornal Nacional. As próximas serão no Jornal da Globo (entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro) e no Bom Dia Brasil (entre 20 e 22 de setembro).
A agenda eleitoral da emissora também compreende a realização de um debate entre os candidatos aos governos dos Estados nacionais, marcado para 28 de setembro e outro debate entre os presidenciáveis, que acontecerá no dia 30 de setembro. O portal da Globo, o G1, também conta com um uma página especial dedicada as eleições presidencial e estaduais.

MTV

Com a ideia de participar do cenário eleitoral brasileiro, a MTV Brasil havia marcado um debate entre os quatro principais candidatos à presidência (Dilma Rousseff, José Serra, Marina Silva e Plínio de Arruda Sampaio) no dia 24 de agosto.
Nesta terça-feira 17, porém, a emissora musical enviou um comunicado avisando que o debate foi cancelado porque o evento não contaria com o quórum mínimo de três participantes - dos quatro convidados, apenas dois haviam confirmado presença. No texto, a MTV ainda explica que pretende criar uma maneira de aproveitar as perguntas enviadas através de seu site pelo público.

Propaganda eleitoral gratuita

Começa hoje (17) a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Às terças-feiras, quintas e sábados serão veiculados os programas dos candidatos à Presidência e à Câmara dos Deputados e às segundas, quartas e sextas-feiras, a exibição será aos concorrentes na disputa pelos governos estaduais, do Distrito Federal, ao Senado, e às assembleias legislativas e do DF.

“Esse será o período de consolidação do voto. O horário eleitoral gratuito é a maior fonte de informação do eleitor e tem mais efeito sobre pessoas que não tem firmeza dos seus votos”, avalia o cientista político da Universidade de Brasília (UnB) Leonardo Barreto.

Ao todo, serão veiculados dois blocos de 50 minutos, de segunda a sábado (às 7h e às 12h no rádio e às 13h e às 20h30 na televisão – horário de Brasília), segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entre os três principais candidatos da Presidência, a candidata Dilma Rousseff (PT) é a que tem maior tempo de exposição nos programas, com dez minutos e 38 segundos. José Serra, do PSDB, terá sete minutos e 18 segundos para expor suas propostas e Marina Silva, do Partido Verde, um minuto e 23 segundos.

Leonardo Barreto acredita que os programas eleitorais deste ano repetirão a estratégica clássica do candidato que começa na frente nas pesquisas, no caso Dilma Rousseff, de adotar uma postura de falar de si e de seu programa de governo. “Quem vem atrás não tem o que fazer a não ser tentar mostrar os aspectos negativos [de quem lidera as pesquisas] e tentar virar o jogo”, completou.

Para ele, a primeira semana de exposição na TV e as pesquisas eleitorais com o resultado da estratégia adotada pelos marqueteiros das respectivas campanhas vão consolidar essa tendência. “Se os resultados atuais se mantiverem como estão aí, não tem outra alternativa para quem está atrás [a não ser o ataque]”, acrescentou.

O professor Paulo Kramer, também cientista político da UnB, afirmou que os programas de rádio e televisão serão “a última esperança” dos candidatos que chegam atrás nas pesquisas de intenção de voto. Para ele, existe um grande contingente de eleitores que podem mudar os votos, mas não se tem a dimensão do poder dos programas como fator de consolidação dessas mudanças.

Esse processo de mudança, para ele, torna-se mais difícil nas eleições de 2010 uma vez que “a economia está bem e os eleitores satisfeitos”. Para modificar a atual tendência de votos registradas nas últimas pesquisas de diferentes institutos, Kramer ressalta que seriam necessários fatos “emoldurados em uma perspectiva nova e com credibilidade”.

Neste último caso, o professor lembrou a campanha ao governo de Goiás, em 1998, quando o então candidato do PSDB, Marconi Perillo, tinha menos de 5% das intenções de voto a maioria a favor do peemedebista Íris Rezende. O tucano contratou o ator Pedro Bismarck, para personificar o seu principal personagem Nerso da Capitinga para desqualificar Íris. “Ali foi uma moldura pesada, uma maneira cruel de emoldurar o adversário que pegou”, destacou Paulo Kramer.

Além dos programas em bloco, serão veiculadas inserções de até 60 segundos que totalizarão 30 minutos diários – seis para cada cargo. Essas inserções serão veiculadas de segunda a domingo.

Confira o tempo da propaganda gratuita para cada cargo eletivo no rádio e na TV

Cargo
Dia da semana
Duração/minutos diários*
Governador
Segundas, quartas e sextas 36 min.
Deputado estadual/distrital
Segundas, quartas e sextas 34 min.
Senador
Segundas, quartas e sextas 30 min.
Presidente
Terças, quintas e sábados 50 min.
Deputado federal
Terças, quintas e sábados 50 min.

* O tempo será dividido em dois blocos no rádio (às 7h e ao meio-dia) e na televisão (às 13 horas e às 20h30).

Via Agência Brasil
Fonte: TSE

domingo, 15 de agosto de 2010

Anistia: direito adquirido e uma reparação do Estado pelas suas ações do passado



Comissão de Anistia vai recorrer contra decisão do TCU de revisar indenizações concedidas. A UNE sempre esteve presente na luta pelo reconhecimento dos direitos dos que foram presos, sequestrados, exilados, torturados e desaparecidos durante o mais cruel período da história brasileira: a ditadura. Defendemos o trabalho da Comissão da Anistia, que tem descortinado um passado ainda obscuro de nossa história e avançado nas políticas de reparação às vítimas. O Movimento Estudantil lutou intensamente durante o regime militar, e contabiliza inúmeras vítimas – dirigentes atuantes no período -. A legítima representante dos estudantes brasileiros exige a abertura dos arquivos da ditadura. “Para que os culpados sejam responsabilizados por seus atos”, declara o presidente Augusto Chagas


Em decisão da última quarta-feira (11), por cinco votos a três, o Tribunal de Contas da União (TCU) estabeleceu que irá revisar os processos 9.371 reparações econômicas a perseguidos durante a ditadura militar (1964-1985), concedidas com base na Lei 10.559/2002.
Pega de surpresa, a Comissão de Anistia soube do fato apenas através da imprensa. Para o presidente da Comissão da Anistia no Ministério da Justiça, Paulo Abrão, a decisão "fere noções fundamentais em direitos humanos e diretivas das Nações Unidas, que consideram que as políticas de reparação não constituem política de governo, mas de Estado”, declarou em entrevista à Agência Brasil. Para a Comissão trata-se de um retrocesso histórico, que "enfraquece a democracia".
Os ex-presos políticos e demais vítimas do regime militar demonstram preocupação por essa investida contra as reparações. Falando à Agência Brasil, Ivan Seixas, presidente do Fórum dos Ex-Presos Políticos do Estado de São Paulo, manifestou-se contra o TCU. “Esses senhores se arvoram no direito de julgar indenizações de pessoas que passaram na mão de torturadores assassinos”, disse ele, que ficou preso dos 16 aos 22 anos, teve o pai morto na prisão, mãe e irmãs presas por um ano e meio, e ainda sofreu saque de agentes da repressão na sua casa.
O presidente da UNE, Augusto Chagas, que acompanhou diversas atividades pelo país da caravana comemorativa dos 30 anos da Anistia, em 2009, defende o trabalho da Comissão que tem descortinado um passado ainda obscuro de nossa história e avançado nas políticas de reparação às vítimas. Falando ao EstudanteNet, ele acrescentou: "Temos muitos assuntos ainda sem conclusão dessa fase da história. Todos nós e as famílias das vítimas temos o direito de saber o que realmente aconteceu, as circunstancias em que brasileiros foram presos, sequestrados, torturados e assassinados. E é ainda nossa tarefa chegar a uma conclusão sobre o tratamento que deverá ser dado aqueles que cometeram crimes durante o regime militar".

Pela memória, verdade e justiça
A UNE, a Secretaria Especial de Direitos Humanos, a Comissão da Anistia e outras entidades representativas da sociedade, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Comissão Especial para Mortos e Desaparecidos, têm participado de campanhas que favoreçam o debate acerca do tema e, principalmente, são contra a impunidade e a tentativa de imposição do esquecimento daquele período. A União Nacional dos Estudantes mais uma vez exige que o Governo Federal abra os sórdidos arquivos da ditadura. A entidade, marcada pela intensa atividade política no período, teve integrantes presos, sequestrados, torturados e desaparecidos, como Honestino Guimarães - presidente entre 1971 e 1973 - cujo corpo até os dias atuais nunca foi encontrado.
O processo de redemocratização do Brasil se deu, mas sofre forte crítica por não ter solucionado uma questão: a manutenção dos arquivos do período militar sob sigilo e a não apuração de crimes contra os direitos humanos. Especialistas e estudiosos do assunto atribuem isso à "ampla, geral e irrestrita" Lei da Anistia, que defende também quem deveria ser punido. Causou comoção aos defensores dos direitos humanos a confirmação, em abril desse ano, do Superior Tribunal Federal (STF) de não revisar a Lei da Anistia, que continuará contemplando os torturadores e seus mandantes.
Com os 30 anos da Anistia, comemorados em 2009, ainda há acertos para se fazer com esse sistema repressor, que dominou o país entre 1964 e 1985. A UNE apoia a Comissão da Anistia nessa batalha, por entender que as mobilizações pela Anistia foram uma força inicial da democratização.

Veja aqui a nota pública divulgada pela Comissão de Anistia

Via UNE

A audiência das sabatinas do Jornal Nacional



Se o primeiro debate na TV aberta com os candidatos a presidência da República, realizado no dia 5 de agosto pela TV Bandeirantes, não rendeu bons índices de audiência, as rodadas de entrevistas individuais promovidas pelo Jornal Nacional, na TV Globo, fizeram com que um grande número de pessoas sentasse diante da telinha.

Entre os dias 9 e 11 de agosto, a bancada do telejornal recebeu os presidenciáveis Dilma Roussef, Marina Silva e José Serra, para responder a diversas questões e falar sobre os respectivos planos de governo. Considerando os três dias de entrevistas, que ocuparam, cada uma, um bloco de 12 minutos do Jornal Nacional, a emissora conseguiu uma média de 31,3 pontos no ibope (lembrando que cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande São Paulo).

A rodada de entrevistas, que faz parte do plano de cobertura das eleições na emissora, começou na segunda-feira 9, quando a candidata do PT, Dilma Roussef, foi sabatinada pelos apresentadores William Bonner e Fátima Bernardes. Na ocasião, o Jornal nacional registrou uma média de 32,5 pontos. Na terça-feira 10 foi a vez da candidata do PV, Marina Silva, cuja entrevista acabou gerando uma audiência média um pouco menor, de 28,5 pontos. Por fim, passou pela bancada do Jornal na quarta-feira 11 o candidato José Serra, do PSDB. A entrevista com ele rendeu ao Jornal uma média de audiência de 33,1 pontos.

Além dessa sabatina, a Globo planeja também levar os presidenciáveis a outros telejornais da grade. Dilma, Marina e Serra também deverão responder a questões nas bancadas do Jornal da Globo e do Bom dia Brasil.

Via M&M

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Bandeiras e palavras de ordem marcaram a passeata dos jovens estudantes do Maranhão na manhã desta quinta-feira, 11. Entre outras reivindicações eles pediram a melhoria da qualidade do ensino na rede pública



Os números incomodam. Os resultados do último Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) apontam que, das 20 piores escolas do Brasil, cinco são do Maranhão. Por esse motivo, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) mobilizaram cerca de 2.000 estudantes da rede estadual de ensino às ruas de São Luís para protestar contra o descaso da educação pública no estado.
Alunos das escolas Bernardo Coelho de Almeida (BCA) e mais cinco instituições saíram em passeata na manhã desta quinta-feira, 12, do Centro de Ensino Governador Edson Lobão (Cegel) em direção ao Palácio dos Leões, sede do Governo do Estado do Maranhão, para reivindicar melhorias na infraestrutura das escolas estaduais, melhor remuneração para os professores, merenda escolar de qualidade entre outras.
“O sistema educacional do Maranhão vive hoje em um apagão. Mobilizações como a de hoje serve para mostrarmos aos governantes o descontentamento dos principais prejudicados: os alunos”, afirmou o diretor da comunicação da UNE, André Vitral.
O vice-presidente da UNE, Thiago Ventura,avaliou como excelente a passeata e destacou a massiva participação dos estudantes. “Esse número de pessoas materializa a indignação dos alunos sobre as condições de ensino no estado do Maranhão. A qualidade se consegue através de uma boa remuneração dos profissionais de ensino, merenda para os alunos e uma boa estrutura física nas dependências escolares”.
Representando os estudantes secundaristas, Yann Evanovick, presidente da UBES, pediu sensibilidade aos governantes diante dos resultados obtidos pelo Maranhão. “É inadmissível que, no mesmo estado, tantas escolas estejam com uma média de qualidade tão baixa. Isso reflete a falta de sensibilidade dos governantes quanto à importância de uma educação de qualidade aos jovens”, declarou.
Participante da passeata, a estudante Michelle Soares, de 17 anos, estudante do 2º ano do ensino médio do Colégio Cegel, comentou sobre a falta de estrutura em sua escola. “Onde estudo, existe muita infiltração e também faltam livros na biblioteca”, declarou.

Via UNE

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

11 de Agosto: Dia do estudante



Atual presidente da mais antiga entidade do movimento social brasileiro, Augusto Chagas conversou com o EstudanteNet sobre o seu primeiro ano à frente da UNE. Leia a primeira parte do bate papo

Neste 11 de agosto, exatos 73 anos depois, celebramos a fundação de um patrimônio social inegavelmente decisivo para a história brasileira no último século. Como registram as páginas do amigo e escritor Arthur Poerner no seu incomparável "O Poder Jovem", voltamos ao Rio de Janeiro, no dia em que “a UNE nasceu na Casa dos Estudantes do Brasil, onde o Conselho Nacional dos Estudantes, depois de solenemente instalado pelo ministro da Educação, efetuou, no dia 12, a sua primeira sessão ordinária, dirigida pela presidente vitalícia e fundadora daquela Casa, a poeta Ana Amélia de Queirós Carneiro”.

Revivemos aquele momento em que jovens, com anseios e esperanças diversas, tiveram a coragem de apostar na unidade. Homenageamos aqueles que, em todas essas sete décadas, valeram-se dessa força para postar-se incansavelmente pela construção da igualdade social, da educação e do desenvolvimento do país, algumas vezes em esforços corajosos que comprometeram suas próprias vidas.
Parabéns aos estudantes. Parabéns àqueles que de alguma maneira contribuem nos DAs e CAs, nos DCEs, nas atléticas, nos CUCAs, nas empresas juniores ou grupos de pesquisa da sua instituição de ensino para transformar a realidade do Brasil. Àqueles cujo peito se sente mais completo no bordão "A UNE somos nós. A UNE é nossa voz".
Esta data, que também representa o Dia do Estudante, que já foi dia de luta e conquista para diversas gerações, como a dos cara-pintadas de 1992, é também, sempre, momento de olhar para os desafios de mais à frente. Por isso, neste aniversário de 73 anos da UNE, o EstudanteNet entrevista o atual presidente da entidade, Augusto Chagas.
Aos 28 anos, nascido em São Paulo, foi eleito presidente em 19 de julho de 2009, durante o 51° Congresso da entidade, realizado em Brasília, com mais de 70% dos votos pela chapa "Avançar nas mudanças". Augusto presidiu o Diretório Acadêmico e o DCE da Unesp/Fatec e esteve à frente União Estadual dos Estudantes (UEE-SP) por duas gestões (2005-2007 e 2007-2009).
Nesta primeira parte da entrevista, Augusto faz um balanço dos 365 dias de gestão, fala de conquistas e vitórias como a aprovação dos 50% do Pré-sal para a educação e da “PEC da Juventude”. Relembra ainda a plenária final do Congresso que o elegeu e comenta a respeito do Terreno da UNE no Rio de Janeiro, local onde será erguida a nova “Casa do poder jovem”, com projeto doado aos estudantes por um dos maiores arquitetos do mundo, Oscar Niemeyer.

Você foi eleito no dia 19 de julho do ano passado e tomou posse no dia 11 de agosto. Lembra da plenária final do 51° Congresso da UNE? Qual foi a sensação de, a partir daquele dia, estar sendo eleito para dirigir a entidade mais antiga dos movimentos sociais brasileiros, que comemora 73 anos de vida?
Lembro, claro! Estava ansioso, tenso. Para quem conhece o Congresso da UNE sabe a adrenalina que é uma plenária final, aquele é o limite da saudável disputa de ideias que envolve o movimento estudantil. É a linha de chegada. Então, começa a cair a ficha, você começa a entender a responsabilidade que terá a partir daquele dia. Presidir a UNE é ser irreverente e responsável, é ter a oportunidade de ver florescer em cada canto deste país a vontade de participar da juventude, nas suas mais diversas formas. Nesse um ano eu vi que a UNE é do tamanho do Brasil. Presidi-la é saber que você precisa descobrir a cada dia um pouco mais, se esforçar mais, trabalhar mais, estudar mais, viver mais.

Qual o balanço que você faz desses 365 dias de gestão?

Neste primeiro ano de gestão, a UNE esteve coesa e concentrada em vários desafios: conseguimos dar passos decisivos rumo a construção da nossa sede no Rio de Janeiro; aprovamos no Senado a nossa principal pauta política que é pela destinação de 50% do Fundo do Pré-Sal para a educação; realizamos um vitorioso CONEG [Conselho Nacional de Entidades de Gerais], no qual aprovamos nossa plataforma para estas eleições; realizamos dezenas de passeatas pelo país na maior Jornada de Lutas dos últimos anos que mobilizou milhares de estudantes em várias capitais; participamos decisivamente da Conferência Nacional de Educação; conquistamos o fim da DRU [Desvinculação das Receitas da União] no Congresso Nacional, a PEC [Proposta de Emenda Constitucional] da Juventude, enfim, foi um ano de muito trabalho e vitórias que com certeza entrarão para a história. Mas, se neste primeiro ano tivemos avanços, queremos buscar muito mais daqui para frente!

Quem acompanha o movimento estudantil, sabe que a UNE se renova a cada período, incorporando novas bandeiras e reivindicações, como a luta LGBT, pela cultura livre e digital, contra o racismo e pela diversidade de todas as formas de manifestação. Como você enxerga hoje a organização dos jovens estudantes e de que forma essa gestão vem atuando nessas frentes?
Diversificar o movimento estudantil é um desafio. A UNE representa hoje mais de 5 milhões de estudantes, além de ser muito dinâmica com a entrada e saída de alunos das universidades. A atuação social e política destes estudantes a cada dia é mais diversa e muitos deles sequer têm uma atuação mais organizada. Por isso, queremos trazer para “dentro da UNE” o estudante que luta contra o preconceito, que atua através da cultura, do esporte, e de tantos outros temas que nos interessam. Por meio destas bandeiras temos condição de transformar pontos importantes da sociedade. A UNE já tem muitas diretorias que procuram desenvolver estas pautas. Em especial, a diretoria de Mulheres e a de Cultura têm se destacado muito, mas temos várias outras, como a diretoria LGBT e de Combate ao Racismo. No último Congresso criamos a diretoria de Direitos Humanos, que já inovou e realizou um belo seminário neste primeiro semestre na UERJ. Queremos inovar durante nossa 7ª Bienal em janeiro do próximo ano. Acredito que a Bienal pode ser um grande festival que abarque toda a diversidade de temas e lutas que os estudantes do Brasil têm conduzido.

O EstudanteNet acompanhou de perto as últimas movimentações coordenadas pela UNE e pela UBES no Congresso Nacional em defesa da aprovação da emenda ao projeto de lei que cria o Fundo Social do Pré-sal e pela PEC da Juventude. O corpo a corpo com os parlamentares garantiu a destinação de 50% dos recursos deste fundo para a educação e a inclusão do termo "jovens" na constituição. O que isso significa para esta e para as próximas gerações?

São vitórias que marcam nossa geração. Carimbar o recurso do Pré-Sal vai mudar a educação do Brasil, tenho certeza. Nossos jovens hoje não são bem formados e metade deles ainda está fora do Ensino Médio e três quartos nunca chegarão a uma universidade. É o maior desperdício que um país pode fazer com seu futuro. Por isso que esta será uma conquista lembrada para sempre, que entra na lista das nossas maiores vitórias. Podemos, com orgulho, afirmar que demos mais uma contribuição para a história brasileira.

O corpo-a-corpo com certeza foi fundamental. Foram meses de ação coordenada no Congresso. Sabe aquela afirmação que “nossa vitória não será por acidente”? Por isso, as redes da UNE e da UBES precisam ter certeza que o que garantiu a vitória foi nossa mobilização, nossa pressão, nossas passeatas, nossos atos, nossos debates nas escolas e universidades, nossa luta. Quando a UNE está dialogando com um deputado ou senador reivindicando uma pauta, ele sabe que está tratando com milhares de lideranças de todo o país e é isto que nos dá legitimidade.

E a PEC da Juventude, como foi a aprovação?

Uma das coisas mais bacanas que aconteceram no último período foram a criação da Secretaria e do Conselho Nacional de Juventude. São instrumentos que possibilitaram o país superar a ideia de que a juventude era entendida apenas como um rito de passagem entre a adolescência e a idade adulta, sem percebê-la como uma idade na formação das pessoas que têm particularidades próprias e, por isso, exige uma visão e políticas específicas. Nesse sentido, a aprovação da PEC da juventude foi uma vitória de extrema importância. Agora, o termo “jovem” faz parte de um capítulo da Constituição brasileira, que antes simplesmente ignorava isso. Penso que a PEC, depois do voto aos 16 anos, foi a principal conquista constitucional para a juventude brasileira.

Nesse processo de mobilização pela aprovação do Pré-sal e da PEC da Juventude, a UNE utilizou alguns instrumentos das novas tecnologias e redes sociais, como o twitter. Você estuda Sistemas de Informação e as pessoas que te conhecem sabem do seu gosto por celular, laptops e outras coisas relacionadas à informática. Qual a sua relação com as novas tecnologias e de que forma enxerga isso como um possível instrumento de comunicação dentro da rede do movimento estudantil?

Gosto muito das inovações, desde pequeno sempre gostei. O interessante é que a velocidade delas parece que aumenta, a cada dia surgem coisas malucas, celulares ultra-modernos, a Internet lança coisas novas, que nem imaginávamos que existiriam alguns anos antes. O YouTube, que hoje atinge 10 a cada 10 usuários da Internet, por exemplo, não existia há alguns anos.

Acho que uma das novidades mais interessantes é este espaço das redes sociais. Hoje em dia a quantidade de ferramentas é impressionante: todo mundo tem condição de se conectar com amigos do mundo inteiro e fazer chat e vídeo através do MSN; manter pelo Orkut uma lista de contatos com os amigos desde o bairro que você nasceu até o seu trabalho; gravar no YouTube vídeos e fotos do seu celular ou ter um álbum no Picasa ou Flickr. Sem falar no twitter, que te coloca em contato direto com figuras públicas das mais diversas, como artistas, jornalistas, políticos e esportistas.
Para o movimento estudantil a possibilidade é enorme. Fico imaginando há vinte anos como se fazia um Congresso da UNE sem internet. Hoje fazemos até passeata virtual! As campanha que lançamos no twitter com a hashtag #50%presaleducacao e #PECdaJuventude foram importantíssimas para mostrar aos parlamentares que estas pautas mobilizavam gente em todo o país. De repente, os senadores começaram a receber centenas de mensagens de pessoas do seu Estado, isso teve papel importante.
E mais, há redes hoje em dia, em especial no Brasil, que são casos de sucesso, têm uma audiência enorme. Muitos jovens estão todos os dias ligados a elas com interesses dos mais diversos. A UNE precisa atuar nestes espaços pra falar com essa moçada, mostrar nossas bandeiras e conquistar mais pessoas para nos ajudar nas nossas lutas.

Recentemente você teve um encontro com o arquiteto Oscar Niemeyer no Rio de Janeiro. Como foi a conversa? Vocês falaram sobre o novo prédio da sede da UNE que será construído na Praia do Flamengo, projeto que foi desenhado por ele e doado à entidade?
Foi inusitado e emocionante! Já estávamos tentando encontrar o Oscar Niemeyer há algum tempo para falar com ele do andamento do projeto de construção da nossa nova sede no terreno da Praia do Flamengo, que já neste ano pode dar um passo importante para o início das obras. O professor Niemeyer é um dos maiores brasileiros, daqueles personagens que a UNE reverencia porque deram contribuições inestimáveis para a história mundial. Tem uma brincadeira interessante também, já que ele nunca aceitou aquela ideia de que a pessoa é rebelde enquanto jovem e se acomoda com mais idade. O professor tem 102 anos e é comunista declarado. Tivemos uma conversa de uns trinta minutos. Ele estava jantando com a família. Falamos principalmente da expectativa da construção da nossa nova sede, na Praia do Flamengo, 132. Agradeci a ele a paciência, já que o primeiro projeto é de 1982. Disse ainda que a UNE sentia orgulho de tê-lo como parceiro e ele me respondeu que “isto era gentileza minha”. Tivemos tempo ainda pra falar da Copa, e ele comemorou a eliminação dos Estados Unidos diante de Gana, brincando que eles entendiam mesmo era de beisebol. Aproveitei também a oportunidade e já o convidei para uma ação que estamos pensando com objetivo de comemorar o início das obras do novo prédio.

Sobre a reconstrução da sede da UNE no Rio de Janeiro, como está o processo de indenização? E o que representa colocar de pé novamente aquela que foi chamada "a casa do poder jovem"?

Antes de falar do hoje, é preciso fazer duas reflexões. A primeira é quanto à Praia do Flamengo-132, espaço de efervescência da juventude brasileira, comitê central da campanha “O Petróleo é Nosso”, sede do Congresso Mundial pela Paz e casa de um dos mais engajados movimentos culturais brasileiro, o CPC da UNE. A segunda é uma deferência àqueles que simbolizaram a retomada desse espaço, dos que tombaram lutando contra a ditadura militar, dos que comemoraram a reintegração de propriedade com um chope no Bar Lamas junto com o presidente Itamar Franco, e também àqueles que durante mais de três meses ficaram acampados durante a ocupação dos estudantes na 5° Bienal da UNE.

Acaba de ser sancionada a Lei que responsabiliza o Estado brasileiro pelo incêndio e demolição da sede da UNE na ocasião do Golpe Militar. Já podemos comemorar a simbologia desta decisão e estamos muito orgulhosos da maneira como aconteceu: unanimemente, pelo Congresso Nacional, com apoio de todos os partidos políticos, do Governo e da oposição. Isto mostra que a decisão é muito justa e reforça o prestígio da nossa UNE. O momento agora é de trabalho da comissão inter-ministerial que foi montada para apurar o valor da indenização. Em alguns meses esperamos que os trabalhos estejam concluídos e que possamos finalmente começar as obras da nossa nova casa. Um fato importante é que este será o primeiro caso de reparação coletiva que o Brasil fará por conta do período da Ditadura Militar, razão de várias condenações brasileiras em cortes internacionais de direitos humanos.

Por Rafael Minoro/ Via UNE

Marina abandona bom-mocismo em debate


No Jornal Nacional, Marina dribla interrupções e fala mais

por Jose Roberto de Toledo

Marina Silva (PV) deixou o bom comportamento de lado, driblou as interrupções dos entrevistadores e acabou falando mais do que Dilma Rousseff (PT) no Jornal Nacional. A senadora falou durante 9 minutos e 14 segundos, cerca de 30 segundos a mais do que a petista na entrevista da véspera.
Em parte, isso se deveu à atitude da candidata. Ela foi interrompida pelo menos nove vezes pelos entrevistadores, William Bonner e Fátima Bernardes. Mas sempre que isso ocorreu ela não parou de falar, assegurando intervenções mais longas e conseguindo completar seu raciocínio.

Na única vez que levou a interrupção até o fim, Bonner acabou dizendo que “devolveria” 30 segundos à candidata, que aproveitou a oportunidade. Essa nova atitude de Marina, mais incisiva do que no debate da Band, lhe rendeu mais tempo e lhe permitiu concatenar melhor as ideias. Ela conseguiu, por exemplo, conectar o problema ambiental a temas de interesse popular, como educação e saúde.

A principal falha da senadora foi demorar muito tempo para perceber que deveria olhar para a câmera, ou seja, para o telespectador, em vez de olhar para os entrevistadores. Ela só passou a se dirigir diretamente ao público a partir de quase nove minutos de entrevista. Até então, o que se via era o perfil de Marina, sempre que ela respondia uma pergunta.
José Serra (PSDB) deu sorte no sorteio. Por ser o último a ser entrevistado, poderá tentar evitar todos os erros que suas rivais cometeram, como não olhar para o público. Mais do que isso, o tucano sabe que compensa mais não se deixar interromper. E, se for interrompido, pode usar o precedente da entrevista de Marina e reivindicar 30 segundos a mais de entrevista.
Não é a primeira vez que Serra dá sorte na hora de definir a ordem de quem responde e quem pergunta primeiro. No debate da Band, ele foi o primeiro a perguntar em dois blocos, o que lhe permitiu dirigir suas três perguntas à principal adversária, Dilma Rousseff.

Via blog José Roberto de Toledo

terça-feira, 10 de agosto de 2010

As eleições na Era das Redes Socias

Depois das eleições americanas de 2008, todo candidato quer se tornar Obama. Ou seja, ser eleito com a ajuda das redes sociais e obter a admiração da maioria dos eleitores. Fazer campanhas e ter um slogan poderoso que seja ecoado pelos quatros cantos do planeta, se possível.

Ao contrário das previsões dos especialistas, depois do primeiro debate presidencial na Band, Plínio Arruda se tornou o “Obama brasileiro”. É claro que ele “nasceu” do nosso jeito. Ele alcançou o TT mundial no Twitter não por causa das suas propostas, da sua rede de milhões de eleitores dispostos a contribuir voluntariamente com a campanha ou pelo carisma e sim pelo fato de ter adotado uma postura inusitada perante os outros candidatos. Virar meme de humor certamente não vai garantir a eleição do candidato do PSOL, mas renderá mais visibilidade e alguns percentuais na corrida presidencial.
Esse é apenas um exemplo dentre tantos que surgirão para ilustrar como as atitudes dos candidatos vão repercutir nas redes sociais e, conseqüentemente, no marketing político. A equipe terá que redobrar a sua atenção a todos os detalhes da campanha, pois o mínimo escorregão do candidato pode ferir seriamente a imagem do mesmo. Que o diga Dilma Rousseff, que teve os seus “melhores” momentos além da gafe sobre a baixada santista no Jornal Nacional coletados e jogados no Youtube. Certamente estes fatos deram munição para quem é contra a candidata a produzir paródias, ironias e piadinhas sobre a candidata do PT.
Ou seja: as redes sociais se tornaram um soldado poderoso na guerra política. O problema é que, às vezes, a arma pode estar apontada para o próprio aliado. Cabe ao especialista em mídias sociais trabalhar junto com a equipe para garantir que esse tiro cause o menor dano possível na imagem do candidato.
É bem provável que a eleição do próximo presidente do Brasil não se tornará um case do nível de Obama, mas certamente vai ensinar aos próximos candidatos a não desprezar o poder de fogo que o eleitor passou a ter nas redes sociais.

Por Blogcitário

Seminário debate novos campos de pesquisa sobre juventude

"Problematizando as Juventudes na Contemporaneidade" é o tema do I Seminário VIOLAR, a ser realizado de 11 a 13 de agosto, na Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, em Campinas, São Paulo

A iniciativa é do Laboratório de Estudos sobre Violência, Imaginário e Juventude (VIOLAR), do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da Unicamp, em parceria com a Faculdade de Educação da Universidade Estadual da Bahia e Universidade Estadual do Oeste do Paraná.O evento reunirá profissionais que pesquisam as juventudes e suas múltiplas formas de manifestação e produção de sentidos, com o objetivo de criar nova rede de investigações a partir da cooperação entre universidades e pesquisadores e também implementar esse campo de estudo na Faculdade de Educação da Unicamp.
Várias questões abrangem o mundo juvenil e são objeto de pesquisas, entre elas, as violências e as alternativas de resistências encontradas pelos jovens em busca da autonomia, da liberdade e de condições de vida mais humanas. Ao aglutinar pesquisadores e estudos sobre o tema, a Unicamp pretende dar maior visibilidade à produção existente e levantar questões ainda não exploradas, contribuindo para políticas públicas e ações sociais voltadas ao público juvenil.
O conteúdo do seminário se organiza em cinco eixos temáticos, todos com foco nos jovens: educação, trabalho, cultura, violência e sexualidade e saúde.

Via UNE

Em debate, Dilma desiste de bancar independente

Foi “Lula” do começo ao fim. Mais precisamente, foram seis “Lula” em 12 minutos, uma citação a cada dois minutos. Na Band, em duas horas, foram só três menções.
Dilma Rousseff (PT) deixou de lado os pruridos que exibiu no debate da Band e assumiu o discurso “meu nome é Lula”, durante a entrevista ao vivo no Jornal Nacional da Rede Globo. Não importava o que os entrevistadores perguntassem , ela respondia com “o governo Lula” isso, o “governo Lula” aquilo. Na verdade, as perguntas a ajudaram a citá-lo, porque mencionaram o presidente várias vezes.
Dilma se apresentou como “braço direito e esquerdo” do presidente, a segunda pessoa mais importante do governo. Não fingiu independência. No máximo, arriscou que não pretende repetir, mas avançar o que Lula fez.
Esse é o único discurso que dá votos para Dilma. E pode ser o suficiente para elegê-la. Inventar qualquer outra coisa é arriscar repetir a performance do debate da Band.




Do ponto de vista formal, a candidata conseguiu completar a maior parte das frases. Usou palavras mais simples do que na semana passada. Não gaguejou. E, com alguma insegurança, alternou o olhar entre a câmera (telespectador) e os entrevistadores -embora, equivocadamente, tenha privilegiado o casal.
Ainda falta experiência. Ela transpirou, inventou uma “baixada santista” no Rio de Janeiro, olhou algumas vezes para baixo durante as respostas. Mas conseguiu conter parcialmente o nervosismo, as cifras e as siglas.
Dilma não marcou gol, mas não tomou nenhum frango. Para quem está na frente nas pesquisas, jogar na retranca pode “garantir o resultado”. Não é bonito de se ver, não esclarece nem propõe nada de novo, não resolve as contradições de suas alianças. Mas deixa evidente para o eleitor distraído quem é situação e quem é oposição.
Treino é treino e jogo é jogo. Entrevista não é debate. Enfrentar William Bonner (que chegou a ser contido por Fátima Bernardes ao insistir em uma pergunta) não é o mesmo que encarar José Serra (PSDB) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL). Mesmo que o estádio estivesse lotado (36 pontos de audiência no Ibope).
Ir melhor no Jornal Nacional não é garantia de sucesso nos próximos debates. O maior desafio da petista será conter o discurso do “já ganhou” de sua tropa.


Via blog José Roberto de Toledo/Por Estadão

domingo, 8 de agosto de 2010

Após debate, Plínio de Arruda vira astro no Twitter



Foto do perfil do candidato no Twitter: como estratégia de campanha, ele aproveita a fama para pedir seguidores no microblog
Crédito:Divulgação


Você JOVEM, já parou para pensar que a internet está sendo uma das maiores ferramentas nesta eleição? Pois é, hoje o internauta brasileiro fica cerca de 12horas no computador, destas horas a maioria fica twittando. Foi por meio de análises como estas que nossos candidatos a presidentes entraram com força total na rede social mais popular "atualmente": o Twitter.
Confira abaixo um ótimo exemplo deste fenômeno:

Bastou o primeiro debate televisivo entre os candidatos à presidência da república para que o nome de Plínio de Arruda Sampaio - que, nas pesquisas de intenções de voto está bem distante dos candidatos mais bem cotados pela população - ganhasse prestígio e virasse um dos assuntos mais comentados nas redes sociais.
Durante o debate, que aconteceu na noite dessa quinta-feira 5, em São Paulo, os comentários ácidos e a postura do candidato do PSOL chamaram a atenção do público, que logo começou a inundar o Twitter com posts e mensagens a respeito do presidenciável. No momento do debate e até a manhã desta sexta-feira 6, o nome Plínio de Arruda Sampaio estava em primeiro lugar no Trending Topic Brasil (o ranking com as palavras mais postadas pelos usuários do Twitter no País). Na tarde de sexta o nome do candidato ainda figurava entre os temas mais comentados pelos usuários do microblog.
Aproveitando a fama espontânea gerada pelo debate, o próprio candidato usou seu perfil oficial no Twitter (clique aqui) para agradecer aos internautas - e consequentemente, atrair mais seguidores. Ao final do encontro entre os candidatos, Plínio de Arruda postou em seu perfil no Twitter a mensagem "Muitas alegrias neste debate, mas a maior delas foi saber que os tuitadores estavam me tuitando. Bem-vindos os 2 mil novos seguidores!".
O número de seguidores do candidato, aliás, vem crescendo progressivamente. Pela manhã, ele contava com pouco mais de 12 mil seguidores em seu perfil. Já no início da tarde, o total de pessoas que acompanha as mensagens do presidenciável já se aproximava dos 15 mil internautas.
Para reconhecer a importância do Twitter em sua candidatura, o candidato do PSOL lançou nesta sexta-feira 6 um vídeo no YouTube (clique aqui) para falar da importância de fazer parte do Twitter para poder acompanhar, em tempo real, as discussões políticas e as opiniões dos candidatos. Com a frase "Twitter é Twitter, my friends", o candidato apresenta o seu perfil e pede que os internautas o sigam.
Apesar da fama de Plínio de Arruda após o debate, de acordo com pesquisa realizada pelo iGroup para o M&M Online, a vencedora do debate nas mídias sociais foi a candidata do Partido Verde, Marina Silva - clique aqui para saber mais sobre isso.

Via M&M

Voto Consciente,JÁ!

Uso da internet nas eleições


O uso da internet nas eleições a partir deste ano, aprovado na reforma eleitoral, apresenta pontos positivos, entre eles o aumento da transparência. A prática, no entanto, coloca também desafios, como ofensas aos candidatos e boca de urna digital, disse o especialista em direito digital Leandro Bissol.
“Vai aumentar a transparência nas eleições, pelo menos na parte de prestação de contas. E, por outro lado, (aumenta) o controle do próprio eleitor na prestação dessas contas”, afirmou o advogado.
O uso da internet vai ampliar, de modo especial, a relação dos candidatos com o público na faixa de 16 a 24 anos, que é o principal canal de busca de informação pela web, de acordo com pesquisa recente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic). “Quase 80% da faixa etária entre os 16 e 24 anos utilizam a internet”. A pesquisa revela que 70% desse público usam rede social e 90% utilizam a ferramenta para buscar informações.
Para Bissol, com isso a internet deverá ser cada vez mais empregada pelos candidatos para “pegar o jovem eleitor”, principalmente aquele que está votando pela primeira vez. “Qual é o veículo de comunicação que vai dar o maior impacto para ele? Com certeza, é a internet”.
Para os candidatos, haverá ganhos significativos. Enquanto no rádio e na televisão um deputado federal dispõe apenas de alguns segundos para falar aos eleitores solicitando o voto, na internet não há limite de tempo. O candidato pode expor seu projeto, dizer por que se considera apto para assumir o cargo que disputa.
“Vai ser um canal mais rico em informações e um debate mais aberto e próximo ao próprio candidato”, observou Bissol. Isso se aplica não só aos presidenciáveis, mas aos postulantes aos demais cargos.
Ele acredita que haverá muita boca de urna digital nas eleições deste ano. Não há proibição na internet para a comunicação entre candidatos e eleitores, que poderão interagir, inclusive nos momentos imediatamente anteriores e posteriores à votação.
Em relação às ofensas a candidatos, o desafio que se coloca, segundo Leandro Bissol, é se existe na lei um item de direito de resposta, como ocorre nas mídias impressa e audiovisual. “Como fica o direito de resposta nesse canal eletrônico?”. Esse exercício é previsto na Lei Eleitoral se a ofensa for tipificada. Mas, se a ofensa for em um blog, por exemplo, ainda não há definição sobre como ficaria o direito de resposta.
Bissol avaliou que como a campanha eleitoral começou de fato esta semana e não existe nenhum precedente nessa área, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá de esperar que apareça um caso prático na internet para ver como irá viabilizar o direito de resposta na rede.
Em geral, a avaliação de Bissol é positiva sobre o uso da rede mundial de computadores nas eleições. “A internet é um novo canal influenciador para as disputas políticas que vão se tornando cada vez mais acirradas”. O canal constitui ainda um importante instrumento para o engajamento dos eleitores na política, disse.


Por blogmidia8
Via Agência Brasil

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