sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pacto pela Juventude ganha força na reta final das eleições


Candidatos de 20 estados já assumiram compromisso com fortalecimento das políticas de juventude. Até o dia 30 a coordenação do movimento receberá adesões.



Candidatos e candidatas de todo o país estão assinando o Pacto pela Juventude, iniciativa das 67 entidades da sociedade civil que compõem o Conselho Nacional de Juventude. No período eleitoral, o documento busca qualificar o debate sobre políticas públicas de juventude, elenca as ações necessárias para o pleno desenvolvimento dos jovens brasileiros e destaca o papel de gestores e legisladores na implementação das políticas.

Eles respeitam a juventude
Faltando pouco menos de dez dias para o encerramento da ação, candidatos por todo o país aderiram às ideias defendidas pelo Pacto, sendo 14 postulantes a governos estaduais. Todos aqueles que firmarem o compromisso com os jovens brasileiros até 30 de setembro, último dia da campanha, serão recomendados como "políticos que respeitam a juventude" em publicação a ser distribuída via Internet. A intenção é divulgar, por Estado, nome e número dos candidatos que já pactuaram. Segundo a coordenação do Pacto, nessa reta final da campanha eleitoral a tendência é da lista de amigos da juventude aumentar.
Cibermilitância
A mobilização por apoio está na rede. No blog www.pactopelajuventude.wordpress.com há informações sobre como realizar atividades, a íntegra do documento a ser assinado, além de fotos e vídeos dos candidatos nos atos de adesão. No Twitter, através do perfil @pactojuventude, são divulgadas as agendas dos candidatos e compartilhadas notícias sobre os atos.

O que defende o Pacto?
Entre outras propostas, o Pacto 2010 defende a criação de um sistema nacional de juventude que fortaleça o controle social e a articulação entre as políticas públicas para a juventude e a aprovação do Plano Nacional de Juventude, que estabelece diretrizes e metas para serem alcançadas pelo Brasil até 2022.

No campo da educação, as metas vão desde a erradicação do analfabetismo até a expansão da universidade pública e do sistema público de educação profissional. Na agenda de trabalho decente, o combate à precarização do trabalho juvenil aparece como tema central.

Implementação de políticas afirmativas contra homofobia e o racismo, e pela igualdade racial e de gênero, também são propostas do texto que prevê, ainda, a promoção do acesso dos jovens aos bens culturais, e ao esporte e lazer. No ponto saúde o foco vai para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), para a prevenção de DST/HIV/AIDS e do uso abusivo de drogas.

O documento discute metas e alternativas para a redução da mortalidade juvenil, pela garantia de moradia digna, pela promoção do direito à comunicação - com ampliação do acesso às tecnologias de informação e aprovação do Plano Nacional de Banda larga - e pela garantia do acesso à terra e permanência no campo. Além disso, pede comprometimento dos pactuantes com o fortalecimento dos canais de participação democrática como os Conselhos e Conferências de Juventude.


Via UNE

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Cartilha do jovem eleitor: entenda como funciona a política e vote certo


TRE-SP lança cartilha que mostra as informações do sistema político e eleitoral do Brasil


Você sabe a função dos três poderes: executivo, legislativo e judiciário? Como funciona a justiça eleitoral? Como votar certo? Conhece o crime de venda de votos? Os partidos políticos? Como tirar o título de eleitor? Para te ajudar a votar certo nessas eleições, o TRE-SP lançou a Cartilha do Jovem Eleitor, que apresenta de forma clara e fácil as principais informações sobre o sistema político-eleitoral do Brasil.

No capítulo “O que é democracia?”, por exemplo, você fica sabendo que a palavra democracia significa governo do povo. Mas no Brasil, cada pessoa não pode sair por aí criando leis ou decidindo sobre saúde, transportes, educação, etc. Por isso, vivemos numa democracia representativa, no qual o governo é do povo, mas ele é feito por representantes que a população elegeu: o presidente, governadores, senadores, deputados estaduais e federais, e vereadores. Tá aí a importância do voto, porque através dele que você, seus amigos e familiares dão a essas pessoas o direito de criarem leis e governarem.

Você sabia que tem muito candidato que promete dinheiro ou algum bem material em troca do seu voto? Agora você sabia que isso é crime? Sim e sujeito à prisão. No capítulo “Venda de voto – um crime”, você entende os detalhes desse problema. Então pense bem! Se você souber de algum ato ilegal como esse, pode denunciar ao juiz do cartório eleitoral ou ao Ministério Público Eleitoral.

Pegue aqui no Portal da Juventude a versão online da cartilha, leia, imprima e distribua para seus amigos, porque é com o voto que escolhemos os nossos representantes e, assim, podemos ter uma cidade, estado e país melhores!

Via Juventude.SP

Candidatos: Nada se apaga na internet

Redes sociais e doações de pessoas físicas por meio de sites poderão não fazer efeito nestas eleições

Especialistas políticos estão reticentes em relação à arrecadação pela internet de pessoas físicas para os candidatos, permitida durante estas eleições. Dizem que a falta de confiança na política brasileira não dará frutos para este novo sistema. Já na cabeça da população deve vir a ideia de que "laranjas" doarão e que tudo terminará em pizza. No entanto, inicia-se aqui um divisor de águas nos hábitos eleitorais dos brasileiros. A construção de um maior engajamento político começa agora. Talvez plantado para as futuras gerações que já estão acostumadas em navegar na internet e se expor nas redes sociais, respondendo as perguntas mais cabeludas no Formspring, e mantendo a frase "minha vida é um livro aberto"; mais atual que nunca. Mas uma nova fase inicia-se agora. E um caminho sem volta.
A internet traz inúmeras mudanças e talvez uma moralização na política brasileira. Nos bastidores, marketeiros políticos começam a sentir que suas verbas de campanha estão reduzidas este ano. Isto porque muitas empresas, que antigamente não precisavam se identificar como doadoras, não querem agora aparecer e ter seu nome ligado a partido ou a candidatos, e configurar em sites com o da ONG Transparência Brasil empenhada em combater a corrupção em terreno verde-amarelo.
E é aí que está o "X" da questão. Os sites, as redes sociais são armas importantíssimas para fazer com que a honestidade e transparência se tornem uma obrigação no meio político. É esta transparência, ao qual os jovens estão tão acostumados na internet, que guiará as campanhas daqui pra frente.
Para os que optaram por fazer a arrecadação pelo site por meio de doações de pessoas físicas terão de obedecer a regras muito rígidas do Tribunal Superior Eleitoral, pois se houver alguma irregularidade na hora da prestação destas contas, o candidato corre o risco de ter sua posse impugnada ou nem participar de futuras eleições. Mas os que forem ousados em apostar nesta nova ferramenta, cumprindo claramente as suas propostas, terão armas poderosas de fidelização de eleitores. Afinal quem tira o dinheiro do bolso para apostar num político é porque acredita muito em seus projetos.
Muda-se o relacionamento do candidato com o eleitor. O doador se torna um cliente que comprou um produto e quer testá-lo. E se não aprovar, pode ter certeza de que ele não pensará duas vezes para criar blogs, postar em seu YouTube, Facebook ou Twitter que sua escolha não foi bem feita. Hoje jovens já bloqueiam candidatos que tentam fazer aproximações sem nenhum propósito nas redes sociais.
Portanto, políticos ainda podem driblar as pessoas que ainda não têm acesso à internet atualmente (infelizmente mais de 60% da população brasileira) e não conseguem obter tanta informação. Mas não por muito tempo, pois se dizem que o brasileiro não tem memória, isso não será mais o problema, pois na internet nada se apaga.

Via Sandra Takata*