quarta-feira, 17 de março de 2010

Trilha Sonora


Venho agora comentar com vocês um detalhe primordial que há em um documentário: a trilha sonora! Realmente, se usado de forma inadequada prejudica o trabalho, mas sabendo escolher o repertório que melhor indentifica o trabalho,elas contribuem muito para um vídeo com sonorização perfeita. Sem dúvida a música é um como se fosse um dos personagens do filme, ou do vídeo documentário.
Por exemplo no nosso documentário "Mostra Sua Cara" abordamos inicialmente a questão da ditadura, dos jovens que sofriam com as torturas, manifestações, e exílios, então tivemos que fazer uma pesquisa aprofundada neste assunto, e havia músicas que se tornaram "hinos" daquela época como a música Pra não dizer que não falei das flores de Geraldo Vandré, ou Alegria Alegria do cantor Caetano Veloso. Mas quando mostramos o jovem atual tivemos que nos aproximar da cultura deles, e apostamos na música Geração Coca-Cola, do Legião Urbana, também usamos músicas dos artistas:Gabriel Pensador, Charlie Brow,Jimmi Hendrix.
É claro não poderia sair sem ressaltar a música tema do documentário, como o nome já diz "Mostra Sua Cara", utilizamos a grande trilha sonora do Cazuza, a música:Brasil.
Além destas, foram usadas outras e também é primordial que haja músicas consideradas "instrumentais", aquelas em que há apenas as batidas, não há voz.

Veja a letra e o clipe* da música BRASIL:

Composição: Cazuza / Nilo Roméro / George Israel
Não me convidaram
Pra esta festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer...

Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta
Estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito
É uma navalha...

Brasil!
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...

Não me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer...

Não me sortearam
A garota do Fantástico
Não me subornaram
Será que é o meu fim?
Ver TV a cores
Na taba de um índio
Programada
Prá só dizer "sim, sim"

Brasil!
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...

Grande pátria
Desimportante
Em nenhum instante
Eu vou te trair
Não, não vou te trair...

Brasil!
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...(2x)

Confia em mim
Brasil!!

* Para acessar o clipe é só clicar no título da postagem

Até mais..

segunda-feira, 15 de março de 2010

Roteiro


Quando chegou a hora de começar a trilhar o documentário, através do roteiro aí veio a pergunta: por onde vamos começar e qual será a linha editorial que vamos seguir ????
A resposta era clara mais trabalhosa escolhemos decupar todas as fitas para assim selecionarmos o que iria ou não fazer parte do documentário. Como já fazia exatamente quase seis meses que já estávamos trabalhando com o tema, qual era o conteúdo das entrevistas e como iríamos abrir e fechar o vídeo documentário a tarefa agora era selecionar as sonoras.
A escolha das sonoras foi uma tarefa difícil e levou alguns fins de semana, mas aos poucos o roteiro foi ganhando forma, imagens e trilha sonora.
A formula encontrada foi intercalar as sonoras uma nas outras, algumas delas com a fusão de imagens e a trilha que iria seguir uma seqüência de imagens.
A trilha sonora do documentário já fez parte da vida de muitos jovens da década de 60 como “Pra não dizer que não falei das flores, como nossos pais e Brasil”, além também de músicas que fazem parte da nossa juventude.

Alessandra Borges
Gisele Rodrigues

sexta-feira, 12 de março de 2010

A parte da Pós-produção


Nesta fase utilizamos as seguintes etapas: decupagem das fitas, elaboração do roteiro, revisão e edição (como dissemos abaixo).
A decupagem foi um obstáculo, pois tínhamos "16" fitas para transcrever e preferimos decupar todas as fitas para depois iniciar o roteiro. Escolhemos essa forma, apesar de mais demorada e cansativa, mas facilitaria na construção do roteiro já que teríamos todas as entrevistas nas mãos e poderíamos ir relacionando a entrada das sonoras da melhor forma. Após a decupagem das sonora e com apoio do pré-roteiro, foi definido o roteiro final, onde concluímos que iríamos usar off”s para melhor entendimento de quem assiste ao vídeo.
A edição foi feita no laboratório de TV da UNITAU. Esse processo foi longo e demorado, pois como era muitas sonoras o material a ser capturado demorou muito. A dificuldade no processo de edição, já prevista desde o início, foi a falta de imagens para cobrir os off’s. Mas esse problema foi resolvido, através do arquivo pessoas de alguns entrevistados e também do material de apoio de algumas fitas com documentários antigos que encontramos na UNITAU.
É importante ressaltar que contamos com a ajuda do editor de imagens da UNIATAU, Thiago Molina, que nos orientou o que ficaria melhor em algumas partes do trabalho. Mesmo com roteiro em mãos, sonoras e imagens capturadas, arte finalizada, enfim “idéia que estava no papel até o momento criando vida”, ainda restava a insegurança do tempo ser curto para tanto trabalho, e se realmente iria ficar como tínhamos imaginado. A insegurança sumiu após ver o documentário finalizado, editado e pronto para ser entregue.
É importante a pessoa acompanhar toda esta fase lado a lado desde: edição, desde captura, cortes, seleção de imagens, trilha sonora, vinhetas, arte, etc. E também que a pessoa seja persistente, pois é um momento muito estressante.
Hoje começa o final de semana, então nada de estress, aproveitem...

Alessandra Borges
Gisele Rodrigues

quinta-feira, 11 de março de 2010

Porque vídeo documentário?


A idéia e o formato do trabalho agente diz que nasceram juntas. Como escolhemos um tema que tinha um contexto histórico, a opção foi realizar um vídeo documentário. Mas para fortalecer a idéia procuramos assistir alguns documentários parecidos com o nosso tema, para ter certeza da nossa escolha. O vídeo-documentário é o formato escolhido por aqueles que desejam contar um fato verídico, através de entrevistas e imagens que possam retomar ao passado e levem o telespectador a reviver aquele momento, e que era essa a nossa intenção.
Confira algum dos livros que usamos para aprender como se faz um vídeo documentário:
MELO, C.; MORAIS, W.; GOMES, I. O documentário como gênero jornalístico televisivo. Campinas, 1989.
BONASIO, V. Televisão: manual de produção e direção. Belo Horizonte: Leitura, 2002.
e...O DOCUMENTÁRIO DE EDUARDO COUTINHO - TELEVISÃO, CINEMA E VIDEO

Desafios de um bom trabalho

Durante o desenvolvimento deste trabalho encontramos alguns, ou melhor,vários desafios,né! Acima de tudo houve muita paciência, para enfrentá-los. Até mãe, pai, e principalmente namorados contribuiram para isso.
O primeiro foi selecionar bastante os personagens, como queríamos pessoas que protagonizaram o movimento estudantil e profissionais de destaque na área da comunicação, da sociologia e política sabíamos que não seria fácil fazer o contato com eles( Vocês conferiram aqui na postagem a baixo a nossa lista de entrevistados). Aquelas que agente pensava que seria impossível de se entrevistar, nós conseguimos!!!! Resolvemos entrevistar pessoas ilustres que poderiam ser complicadas para agendar, até porque algumas residiam no Rio de Janeiro, tais como Vladimir Palmeira, Zuenir Ventura, Evandro Teixeira, e já estavam quase descartadas por nós por ter alto custo financeiro. Mas por oportunidades do destino, fomos até eles, com várias dificuldades no caminho, como o financeiro, não nos impediu que realizássemos as entrevistas. Outras que residiam em São Paulo, precisávamos ir muito cedo de carro para levar o cinegrafista, fazíamos o contato e agendávamos várias entrevistas para o mesmo dia, para poder aproveitar o maior tempo possível, nisso foram várias idas à São Paulo e alguns perigos pelo caminho e algumas entrevistas que foram canceladas horas antes da gravação.
Como escolhemos um tema que remete ao passado foi criado um obstáculo, principalmente para achar imagens dos movimentos estudantis da década de 1960, ditadura militar, diretas já e o movimento caras pintadas, pois empresas e aqruivos nacionais que fornecem material audiovisual cobravam muito caro para nos fornecer imagens e resolvemos apostar nas imagens que iríamos conseguir de arquivo pessoal dos entrevistados. Encontramos muita dificuldade para decupar o material, pois realizamos muitas entrevistas e o aparelho da faculdade que captura a imagem da fita e copia para um DVD estava quebrado, ou seja, nós tínhamos que fazer a decupagem só na faculdade. A finalização do documentário foi um grande desafio, pois conciliar o tempo para realizar roteiro, seleção de imagens, edição e relatório pediu muita dedicação. Portanto todos os desafios que encontramos durante a construção e finalização do documentário foram transformados em garra para continuarmos.
E agora estamos aqui, e tudo parece como um filme para nós, um sonho concretizado!
Continue sempre acompanhando os nossos passo-a-passo
Alessandra Borges
Gisele Rodrigues

Etapas do documentário

PRÉ-PRODUÇÃO
Abril/ Maio 2009- Definição do tema, Levantamento bibliográfico, busca e definição das fontes, pré- roteiro e elaboração das pautas.

PRODUÇÃO
Maio 2009 – Início das entrevistas;
Julho 2009- Decupagem, seleção e coleta de imagens;
Setembro – Fim das entrevistas.

PÓS-PRODUÇÃO
Setembro 2009 – Decupagem, roteiro, escolha de trilha sonora;
Outubro 2009– Gravação de Off, Relatório, edição, revisão, edição final e entrega do projeto.
Novembro 2009- Apresentação à Banca Examinadora

terça-feira, 2 de março de 2010

Nossas fontes ....

As fontes foram escolhidas com base em fatos que ocorreram naquela época e também na aproximação com a juventude e com os atuais movimentos estudantis. Procuramos fontes que tivessem ligação com o que seria retratado e fossem interessantes para o jovem ver. O contato com estas fontes parecia complicado e distante de nós no começo, mas aos poucos fomos vendo que não era tão impossível assim e o que faltava para gente era persistência e muita paciência para aos poucos chegar em nossos entrevistados. Cada um teve a sua dificuldade em particular, e assim obtivemos o contato de nossos entrevistados através de muita pesquisa na internet, listas telefônicas, colegas, professores e muito jogo de cintura. O documentário conta com grandes nomes da imprensa brasileira como Zuenir Ventura, Celso Marcondes, Marcelo Soares, Evandro Teixeira, Serginho Groisman e o Marcelo Tas. Além de pessoas que acrescentaram sua experiência de vida e luta no movimento estudantil como Cecília Lotufo (musa do movimento caras pintadas), lideres do movimento estudantil em 1968 como Vladimir Palmeira e Paulo de Tarso, os jovens que estão a frente dos movimentos estudantis como o Augusto Chagas (Presidente da UNE 2009/2011), Arielli Moreira (Integrante do DCE USP), Douglas Alberto Santos (Presidente DCE Unitau), Juliana Borges (Dir. Movimentos Sócias UEE/ SP / Cood. Mun. Juventude Negra PT/ SP), Andréia Zambon (Vice-presidente DCE Unitau), Patrícia Carvalho (Diretora de comunicação DCE Unitau), Rafael Goffi (Diretor de universidades particulares da UNE e secretário de movimentos estudantis da JPSDB/ SP), Talita Nascimento (Presidente CA XXI Agosto – Direito da Universidade de São Paulo), Thales Gomes da Silva (Integrante do CA XXI Agosto- Direito Universidade de São Paulo). Pessoas que já passaram pelo movimento estudantil e hoje estão ativos na política como Bruno Covas (Dep. Estadual-SP), Soninha Francine (Vereadora-SP), Geraldo Alckmin (Ex- governador de SP), Orlando Silva (Ministro dos Esportes) e Pe. Afonso Lobato (Dep. Estadual–SP). Nos próximos post vamos contar um pouco de cada entrevista ... Alessandra Borges Gisele Rodrigues

Por que escolhemos este tema ....


Escolhemos este tema para o nosso projeto, pois como jovens queremos entender o idealismo da juventude no período conturbado da ditadura militar, e as causas do afastamento da juventude atual no meio político-estudantil.
Decidimos realizar um documentário, pois desta forma poderíamos discutir o tema por meio de imagens e entrevistas. Já que permite a fusão de vídeos, fotos, músicas, depoimentos e comentários, mostrando a realidade da questão de maneira mais ampla e interpretativa.
Tanto o tema como o formato nos acrescentaram em nossa formação profissional, pois a técnica de produzir um vídeo-documentário exige um estudo muito complexo.
O tema foi de suma importância para nós, uma vez que não foi realizado ainda trabalho com este tema e formato em nossa faculdade, e também porque aprendemos muito sobre o universo político em que o jovem se encontra hoje. Enfim descobrimos que o jovem não está distante da política, mas ele encontrou outras formas de se fazer política em nossa sociedade seja através de alguns movimentos específicos como o hip hop.

Alessandra Borges
Gisele Rodrigues

Sinopse - Documentário Mostra Sua Cara


O jovem e a política. Como é essa relação e o envolvimento da geração impulsionada pela tecnologia, pelos meios digitais e por esse individualismo próprio da nossa sociedade, quando comparada com a geração idealista dos tempos da ditadura militar no Brasil?
Foi com essa dúvida que partimos para construção deste documentário, por meio do depoimento de lideres estudantis da década de 60 e também das novas lideranças estudantis.
O documentário mostra ao jovem que ele tem força, poder de mudança e que ele não está tão passivo como às pessoas pensam. O jovem de hoje está envolvido em outros movimentos, mas o espírito político e partidário deveria voltar a existir.


Alessandra Borges
Gisele Rodrigues