sábado, 30 de outubro de 2010

Democracia aonde?



Diante das eleições do segundo turno para presidente me deparo com algumas declarações que me deixam um pouco decepcionadas com o nosso patriotismo e nosso civismo.
Quando colhemos depoimentos de estudantes, ex-líderes estudantis, políticos que fazem parte hoje do cenário nacional, cientistas políticos e filósofos, durante o vídeo documentário Mostra Sua Cara, nos disseram a seu ponto de vista que hoje a A União Nacional dos Estudantes (UNE) esqueceu seu verdadeira identidade, disseram ainda que integrantes da instituição que são filiados a partidos diversos, em vez de lutarem juntos por uma democracia que defenda os direitos do jovem, não! Eles defendem as ideologias do seu partido.
A UNE é a principal entidade estudantil brasileira."Teria" como objetivo representar os estudantes do ensino superior. Com os depoimentos, precisávamos é claro entrevistar o presidente da UNE, Augusto Chagas, para que ele nos responda qual a representatividade que esta entidade tem atualmente, sendo ela tradicional nos direitos dos estudantes, desde sua fundação em 1937, e claro responder se estes questionamentos feitos hoje são verdadeiros, que a entidade defende ideias de um partido. (Confira o depoimento aqui)
Em resposta, ele nos disse, que a UNE sempre foi, e sempre será uma entidade que lutará pelos jovens, sendo imparcial, mesmo que seus integrantes pertencem a algum partido político.
Mas o que vemos hoje? Há poucos dias atrás no site da UNE (http://www.une.org.br), eles colocam de manchete que estão declaradamente apoiando um candidato a presidente. E durante estes dias um série de movimentos e mobilizações eles tem realizado pelo Brasil inteiro. O que seria isso???
Novamente questiono um integrante da UNE sobre este caso, o que ele me responde?? "Diante desta polarização que a política vive atualmente, precisamos nos direcionarmos a favor do melhor para os jovens", afirma o integrante.
Mas aonde está a imparcialidade, a ideologia da UNE que foi construída e literalmente protestada em anos da ditadura militar? Tudo acabou... Será que não podemos mais nem acreditar em órgãos que "querem" nos defender?? AOnde está o verdadeiro sentido da palavra "política"?
É amigos, amanhã será um exercício de cidadania para todos nós, precisamos olhar ao fundo e ver o que queremos para nós e para o futuro.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Programa de TV aborda o engajamento do jovem na política

A sociedade vive um momento decisivo na política, pois em alguns estados já há governadores eleitos no 1º turno e agora o povo brasileiro vai as urnas para decidir para presidente.

Política, querendo ou não ela sempre fez parte da nossa vida, já que vivemos em um país democrático.

A juventude é o futuro do nosso país, e ainda existem jovens engajados na política.

Vale a pena assistir este programa que passou na TV Aparecida.

Eles abordaram o tema ‘jovens engajados na política’.


















Prêmio TOPBLOG 2010


Olá amigos e visitantes,
O blog está participando do Prêmio TOPBLOG 2010, até o momentos fomos um dos 100 mais votados na categoria Política. O segundo turno do prêmio já começou, e contamos com VOCÊS para alcançar este prêmio.
Juventude na política em AÇÃO!
Vamos participar e indicar para seus amigos: http://bit.ly/cR7Zvd



"Na política, a verdade deve esperar o momento em que todos precisem dela."
(Bjornstjerne Bjornson)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Internet amplia acesso de jovens a informações sobre política


Hoje, os tempos são outros. A oferta de informação é cada dia maior e os jovens estão cada vez mais expostos à política por intermédio da internet.


Nas conversas sobre política na casa do estudante Lucas Moraes Rau, 17 anos, os pais costumam lembrar das dificuldades para se informar sobre o tema na época em que tinham a idade do filho.

Para saber quem estava à frente nas pesquisas eleitorais, quais eram as propostas dos partidos e a agenda dos candidatos era preciso esperar pelo horário do jornal ou assistir à propaganda eleitoral gratuita – uma novidade depois de 21 anos de ditadura militar, mas ainda assim, considerado monótono e pouco informativo. Hoje, os tempos são outros. A oferta de informação é cada dia maior e os jovens estão cada vez mais expostos à política por intermédio da internet. Principal usuário das redes sociais, quem ainda vai estrear o título de eleitor – jovens entre 16 e 18 anos – vez ou outra se depara com o tema. Políticos dão opinião sobre tudo no Twitter (sistema de microblog) e o número de comunidades sobre política cresce dia a dia no Orkut (popular rede de relacionamento on-line).

“Eles falam que na eleição para presidente de 1989, a [oferta de] informação era bem menor, você dependia muito do que passava na tevê. Hoje, como você fica um bom tempo conectado, uma hora ou outra você acaba lendo uma notícia de política e tem a oportunidade de se informar mais”, afirma Lucas. O colega Álvaro Baptista Neto, 16, concorda. “Com a Internet, é impossível você não ficar mais exposto. Você abre a janela e, através de um portal de notícias, já fica sabendo o que o Serra e a Dilma disseram naquele dia.”

A questão, no entanto, é o quanto essa ampla exposição resulta efetivamente em maior participação política dessa faixa etária, vista historicamente como pouco afeita a discutir os rumos do país. Para o cientista político e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Emerson Cervi, travar maior contato com o tema não significa, necessariamente, se interessar mais por ele.

“Hoje, o que se percebe é que a internet é usada mais como um espaço de conversação do que para a aquisição de conhecimento. Nesse sentido, ela só acrescenta a quem já se interessa por política, mas não tem eficácia alguma sobre quem não gosta”, afirma.

De acordo com Cervi, a ferramento pode servir como aliada no sentido de encurtar distâncias, ser mais rápida e plural. Por meio da rede, é possível a uma pessoa que se interesse por ecologia, por exemplo, encontrar mais informações em sites, conhecer outras opiniões em blogs e criar contato com quem também acompanha a área nas redes de relacionamento. “A internet não converte ninguém, o que ela faz é pregar para quem já lhe dá espaço.”

Na opinião do secretário-geral do PSDB Jovem do Paraná, Edson Lau Filho, porém, a exposição pode despertar o interesse em jovens que ainda não são seduzidos pelo universo político. O secretário afirma que a maioria dos jovens não se conecta em busca de notícias sobre política, mas que a possibilidade de abrir várias abas e clicar em links ao longo das páginas faz com que, uma hora ou outra, os eleitores de primeira viagem acabem tomando conhecimento e até se interessando por temas que, cada vez mais, pedem a sua atenção. Na avaliação dele, a apatia da juventude em relação à política não vem de um desinteresse pelo assunto em si, mas pela forma como ele se apresenta.

“O jovem certamente é diferente do público que assiste aos jornais e acompanha o horário eleitoral gratuito, mas quando o candidato fala a linguagem dele, ele se interessa.”

*Foto: Raphael Ribeiro

Via VoteBrasil

Deputada Manuela d’Ávila: fenômeno de votos é fruto do movimento estudantil


Ela tem 29 anos, recém completados. Já foi vereadora, deputada federal e candidata a prefeita de uma grande capital brasileira – Porto Alegre. Reeleita à Câmara dos Deputados com a aprovação de quase meio milhão de eleitores (482.590 votantes), Manuela d’Ávila é mesmo um fenômeno, de público e crítica

Conquistou em 2009 o prêmio “Congresso em Foco” por sua atuação destacada no parlamento. Este ano já está entre os parlamentares indicados que melhor representam a população no Congresso Nacional. Dúvidas de que será destaque?
Em um único mandato, Manu, como é conhecida, conquistou a confiança e simpatia de novos eleitores, de jornalistas que acompanham Brasília e, ainda, dos colegas com mais tempo de carreira. Jorge Bastos Moreno, do jornal “O Globo”, não cansa de elogiar sua graciosidade e, principalmente, sua ética. Dizem que o presidente Lula a comparou com a lua em um comício no Rio Grande do Sul. Fácil entender. Assim é essa política gaúcha que fez escola no movimento estudantil, berço de inúmeros líderes. Em 2003, foi diretora da UNE-Rio Grande do Sul, período em que aprendeu o significado da disputa de opiniões, a conviver e dialogar com a diversidade e pluralidade de idéias. Comunista convicta, militante da União da Juventude Socialista, sempre tem pautado políticas para os jovens. Só para se ter uma ideia, é de sua autoria a lei que instituiu a meia-entrada para estudantes da capital Porto Alegre, além de proposta no Congresso de ampliação do benefício para estudantes de todo o país. E, entre tantas outras, vale destacar a nova Lei do Estágio, já aprovada, que fixa a jornada, regulamenta benefícios dos estudantes, e evita a precarização do trabalho juvenil.

Essa menina-mulher mantém também um blog na internet, no qual expõe opiniões, flerta com variedades e que, até durante a movimentação eleitoral, foi válvula de escape para um mundo doce, mas consciente.

Suas sucessivas eleições para o legislativo mostram um acúmulo de votos considerados fenômeno eleitoral. Você também já disputou um cargo executivo, a prefeitura de Porto Alegre. O apoio que você acabou de receber das urnas te levam a pensar em uma nova disputa daqui a dois anos?
A votação que tivemos mostra que temos o respeito e o reconhecimento do nosso trabalho em Brasília. Nos dedicamos à defesa dos trabalhadores, da juventude e do desenvolvimento, e a confiança que os eleitores demonstraram mostra que estamos no caminho certo. Sobre 2012, ainda é muito cedo para este debate.

Você também foi indicada e recebeu o prêmio por jornalistas ao Prêmio Congresso em Foco, como uma das melhores parlamentares da Câmara. Como você avalia seu primeiro mandato e quais suas propostas para a continuidade na Casa?
Fiquei muito honrada em receber o Prêmio Congresso e Foco. Primeiro por ter sido escolhida pelos internautas numa votação democrática e aberta, em segundo por ter sido a primeira parlamentar do meu estado a ter este reconhecimento. Me lembro quando cheguei a Brasília nos primeiros dias de mandato, tinha que aprender tudo muito rapidamente, nós trocamos o pneu com o carro andando, agora temos muito mais experiência e irei continuar a luta para o Brasil continuar avançando

A sua candidatura é claramente identificada com a juventude. Nessas eleições, alguns candidatos levantaram a proposta de um projeto de lei do protagonismo juvenil, que colocaria o jovem como agente principal do desenvolvimento às vésperas de dois grandes projetos, como a Copa e as Olimpíadas. O jovem ganharia uma bolsa e realizaria ações nas áreas de cultura, esporte e educação. Você acha que um projeto nesse sentido deva entrar na pauta da Câmara? Como enxerga essa ideia do protagonismo juvenil?

A questão da juventude deve ser debatida de forma transversal, ou seja envolvendo as mais diversas áreas como foi o debate do Pronasci. As questões de juventude tem relação direta com saúde, esporte, emprego, educação, ciência e tecnologia. Eu acho que o debate sobre a juventude deve ser realizado de forma ampla no Congresso, envolvendo todas estas ações, inclusive a proposta de protagonismo juvenil e conto com a UNE e a UBES para envolvermos a sociedade neste debate.

Você é uma das mais jovens parlamentares e se aproxima bastante do seus eleitores por meio das redes sociais e um blog. Acredito que deve existir muita curiosidade sobre sua vida pessoal. Qual sua rotina daria? Consegue ter uma vida comum, família, amigos, balada, além da política?
Nós trabalhamos muito, mas ainda busco encontrar tempo para minha família e meus amigos.

Como você avalia sua passagem pela UNE como vice-presidente em 2003? Qual foi a importância dessa passagem para a sua formação política?
Foi uma experiência importantíssima para mim. Na UNE, nós aprendemos a dialogar e debater com todas as forças políticas de forma democrática.

O que anda lendo, último filme e restaurante.
Ainda nem tive tempo de ver minha família, estes últimos dias foram de muito trabalho, muita conversa, muito debate e muita campanha. Espero poder voltar a ir ao cinema em breve.

Via EstudanteNet